A história do município começa no século XVIII, quando a então sesmaria de Aporá foi desmembrada em duas, sendo uma delas doada a João Evangelista de Castro Tanajura, que, para colonizá-la, distribuiu terras com a condição de que os beneficiários iniciassem plantações e construíssem moradias e currais.
Uma das suas históricas construções, a Fazenda Curralinho, erguida pelo capitão Antômnio Brandão Pereira Marinho Falcão, deu origem ao local onde hoje está situada a sede de Castro Alves.
Devido à sua posição como parada obrigatória de tropeiros que viajavam do Recôncavo para a região de Rio de Contas e para as Minas Gerais, a área acabou conquistando rápido progresso.
Por Lei Provincial de 26 de junho de 1880, tendo a denominação de Vila de Curralinho, o município foi criado com território desmembrado de Cachoeira. A sede foi elevada à categoria de cidade através de Lei Estadual de 22 de junho de 1893.
A cidade recebeu o nome de Castro Alves em 1900, em homenagem ao Poeta dos Escravos, nascido na então Fazenda Curralinho.
No princípio do século XVIII, a Sesmaria do Aporá foi desmembrada em duas, uma das quais doada a João Evangelista de Castro Tanajura, que veio a ser, tempos depois, o avô do poeta Antonio Frederico de Castro Alves (Castro Alves).
O donatário em causa, para colonizá-la, procurou pessoas de recursos nos mais diversos lugares distribuindo-lhes terras do seu vasto domínio, com a condição de nelas iniciarem plantações, construirem moradias e currais.
Coube ao Capitão-Mor Antonio Brandão Pereira Marinho Falcão, a primeira destas penetrações e estabelecer a construção da casa-sede da Fazenda Curralinho, no local onde se ergue a cidade, nascente do Rio Jaguaripe, à margem da Estrada das Boiadas de Minas Gerais para Feira de Santana. Tratou do desmembramento das matas, da plantação de cana-de-açúcar, construções de engenhos e da criação de gado. Estabeleceu, assim, o aldeamento que era conhecido como Curralinho, nome que perdurou por bom tempo.
Não foi fácil ao desbravador a sua missão. Teve ele de suportar grandes combates com os índios Sabujas e Cariris, descendentes dos Tupinambás, que assolavam a povoação nascente e circunvizinhanças. Não há certeza do desaparecimento dos gentios citados; no entanto, sabe-se, por tradição, que o seu último chefe Baitinga dirigiu-se para as matas da zona de Conquista (Sul da Bahia).
Muito influiu no progresso do povoamento o fato de ser pouso obrigatório de tropeiros que viajavam de São Felix e de outras localidades do recôncavo para as Minas do Rio das Contas, adjacências e Estado de Minas Gerais.
Na capela existente na fazenda, foi criada, pela Resolução provincial nº 1334 de28 de junho de 1873, a freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição do Curralinho.
Pela Lei provincial de nº 1987, de 26 de junho de 1880 foi o Arraial de Nossa Senhora de Curralinho elevado à categoria de Vila. Essa mesma lei, assinada pelo Bel Antonio de Araújo Aragão Bulcão, criou o Município de Curralinho, desmembrado do de Cachoeira, e instalado na mesma data.
A sede do município obteve foros de cidade em virtude da Lei nº 88, de 22 de junho de 1895.
A cidade de Castro Alves está localizada a 191 Km de Salvador.
Com uma área territorial de 764 km², o município tem 25419 habitantes, e quatro distritos: Castro Alves, Cruçaí, Petim e Sítio do Meio. Clima
Castro Alves Possui um clima tropical quente, com maior concentração de chuvas no inverno e verão seco. Chega a extremos de 17°C no inverno e a 36°C no verão.
A cidade ocupa a quinta posição na produção de amendoim no Estado, além de ter uma expressiva produção de abacate.
Na pecuária, destaca-se nas criações de eqüinos e ovinos. No setor de bens minerais , é produtor de areia e quartzo.
Entre seus patrimônios naturais, destaque para Bica do Padre, um sistema fornecedor de água potável, utilizado para abastecer parte da população.
Outra atração é a Serra da Jibóia, ponto mais alto do Vale do Jiquiriçá, com 786 m de altitude, que possui rampa natural utilizada para decolagem de vôo livre (Asa Delta e Parapente). De lá, tem-se uma vista deslumbrante de toda a região. Na vila de Pedra Branca, município vizinho de Santa Terezinha, que fica no pé da serra, pode-se comprar vinho de fabricação artesanal e boa qualidade.
Patrimônio arquitetônico tombado pelo IPHAN, a Capela do Genipapo, localizada na Vila do Genipapo, construída no final do Século XVII, bem como a Sede da Fazenda Curralinho, construção de grande valor histórico, localizado na sede do município, são imóveis que se encontram restaurados e abertos para a visitação pública.
o Município anteriormente tinha sua dimensão territorial muito superior ao que é hoje porem cidades como Rafael Jambeiro, cabaceiras do Paraguaçu, entre outras localidades tornaram-se independentes ou foram transferidas para outros municípios por questões políticas.
Dentre as cidades do interior da Bahia, Castro Alves, então comandada pelo prefeito Eloi Victor dos Santos, expulsou Lampião e seu bando da cidade. Na época, a cidade era conhecida como a capital do fumo; e se não fosse pela astúcia do prefeito, que também foi delegado e juiz, a cidade teria sido saqueada pelo cangaço.